Show do tenor Andrea Bocelli lota o Parque da Independência e 10 mil ficam de fora
SÃO PAULO - O show de Andrea Bocelli, que deveria ser totalmente aberto ao público, acabou deixando milhares de fãs frustrados. Cerca de 10 mil pessoas, segundo a Prefeitura da capital, não puderam entrar no Parque da Independência, no Ipiranga, Zona Sul, onde o tenor italiano se apresentou na tarde desta terça-feira. Quem conseguiu entrar chegou com pelo menos quatro horas de antecedência ou teve muita sorte.
A multidão que tomou a Avenida Nazaré, na lateral do parque, bloqueou a passagem de carros e ônibus, que foram multados pela PM. A Prefeitura calculou que 25 mil pessoas conseguiram entrar e assistir à apresentação. Houve princípio de tumulto quando o acesso para idosos e deficientes também foi fechado.
Às 14h, no horário previsto para a abertura dos portões do parque para o show, já havia filas quilométricas nas entradas. Foi quando a dona-de-casa Zélia Martinez, de 56 anos, chegou para ver o tenor. Desistiu uma hora depois.
- Por volta das 15h, parece ter havido o estouro de uma manada. A multidão tomou a largura da rua e foi empurrando quem estava na frente. Eu não podia seguir - reclamou ela, que saiu de Guarulhos, na Grande São Paulo, para ver o tenor.
A maior indignação dos excluídos foi o fechamento do acesso para portadores de necessidades especiais por volta das 16h15. Indignados, um grupo de idosos e acompanhantes de deficientes pediam a abertura da entrada, batendo nos tapumes de alumínio usados para vedar o entorno do parque - artifício que impediu visão do show por quem estava do lado de fora.
A PM foi chamada e organizou a entrada do pequeno grupo - formado por cerca de 20 pessoas - pela entrada vip, cujo acesso foi destinado aos convidados do HSBC e da Redecard, patrocinadores do evento, e aos jornalistas autorizados a fazer a cobertura interna do show.
Do outro lado do parque, na Rua Sorocabanos, a insensibilidade dos seguranças causou revolta no desenhista Caio Márcio Giusti, de 36 anos. "Havia duas senhoras cadeirantes e o segurança disse que tinha ordens para não deixar ninguém passar. Aí, chegou uma bela BMW e entrou", disse, indignado. "Quase discuti".
Até da rua, tenor recebe aplausos
O tenor soltou a voz pouco depois das 16h, acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Paraná e pelo coro Philarmonia. Finalizou a apresentação às 17h30.
Canções como "Un amore cosi grande", "Vieni sul mar" e "Funiculi, Funiculá" encantaram o público, que reuniu gente de todas as idades. Mesmo aqueles que não conseguiram entrar ficaram atentos às canções, e aplaudiram os sucessos de Bocelli de onde estavam: fosse da rua, da janela das vans, de dentro dos ônibus ou dos carros.
As pessoas foram ao delírio quando Bocelli anunciou a entrada de Toquinho, que cantou "Aquarela" ao seu lado. Depois, foi a vez de Ivete Sangalo dividir o palco com o italiano, ao som de "Garota de Ipanema". O show teve regência de Eugene Kohn e contou ainda com a soprano Olivia Gorra, o barítono Gianfranco Montresor e a flautista Andrea Griminelli.
fonte: PREFEITURA DE SÃO PAULO
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nossa, eu vi na tv. que pena, não é!? depois dizem que brasileiro não é culto. a verdade é que cultura é muito cara (vide preços dos teatros). Eu não fui. Fui pra outro lugar. beijos
ResponderExcluirConcordo cm o comentario da Simone, e lamento q o acesso a cultura ainda seja tão desigual em nosso país.
ResponderExcluirO povo brasileiro, na sua maioria, só tem acesso a "cultura" através da televisão, e ainda assim como forma d matar o tempo, o q acaba por nos tornar meros expectadores acriticos.
Eu provavelmente ñ iria ao show msm q pudesse, pq ñ gosto d lugares cheios, mas gosto mto do trabalho do Andrea Bocelli e d sua historia d vida, isso aliado ao talento d Toquinho ñ é apenas um show, mas o espetaculo do ano!!!!!
Bjos.